Tas encerra CBTD falando da Comunicação frente à Aceleração Digital

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Por Leonardo Caetano

Para encerrar a programação da edição 2019 do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD), o jornalista e apresentador Marcelo Tas apresentou a plenária "A Comunicação na Aceleração Digital", em que nos trouxe um intenso momento de reflexão.

Com uma carreira de muito sucesso, Tas passou por vários veículos de comunicação e por diversas áreas. Ficou muito conhecido por seu personagem humorístico Ernesto Varela em 1983 e também teve passagem marcante no programa CQC, como apresentador. Com 60 anos, Tas hoje é uma referência dentro da comunicação.

No começo da palestra ele falou sobre o ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas e sobre o atual presidente russo Vladimir Putin, fazendo uma comparação entre os dois para mostrar como a transparência é importante no mundo atual e como a aceleração digital pode transformar a gestão de informações. 

Logo em seguida, ele nos mostrou a importância das redes sociais e internet nos tempos atuais, sempre alertando sobre a consciência que se deve ter com as "frenéticas publicações e postagens" que ocorrem todos os dias e o tempo todo. "Quando você publica, está falando com milhões/bilhões de pessoas e instituições. A publicação é fundamental na aceleração digital, mas hoje tudo vai para a mesma rede, tudo é rastreável", disse.

Para esclarecer melhor o que chama de "comunicação acelerada", ele nos contou um pouco sobre a história da comunicação e falou: "O marco da comunicação instantânea se deu graças a Arthur Clarke, roteirista do filme '2001 - Uma Odisseia no Espaço', quando ele termina um artigo seu com uma pergunta sobre a cobertura de comunicação em torno do planeta Terra. No ano seguinte ao lançamento do filme, mesmo ano da chegada do homem à Lua, o primeiro satélite é instalado fora do planeta. No dia seguinte, todos os jornais tinham as mesmas manchetes e falavam sobre o mesmo assunto".

Sobre esse fenômeno, ele disse: "Na era da aceleração digital a coisa mais importante é entender o significado do viés. Entender o viés é fundamental para transformá-lo em colaboração". Ele demonstrou um método para mostrar ao público como é possível ter diversas interpretações diferentes acerca do mesmo assunto. A dinâmica era a seguinte: ele colocou no telão uma imagem com vários pontos e pediu para que cada um imaginasse um desenho sobre aqueles pontos. Logo após, ele mostrou duas ilustrações de como poderiam ser esses desenhos mentais: um com linhas horizontais e verticais ligando os pontos e outra com um gato. "Quanto mais diversos os vieses melhor para trabalhar em colaboração", colocou.

Já finalizando a dinâmica ele nos mostrou algumas situações da vida dele que mostram como entender os vieses fazem com que os resultados melhorem. O exemplo foi o programa "CQC". Durante o programa (que ele afirma ser o primeiro da televisão a usar a as redes de forma efetiva) ele buscava o que o público pensava a respeito e sempre tentava alinhar o viés do programa com o do seu público, pois "a era da aceleração digital é de oportunidade de fazer o que precisa ser feito".

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