Artigo: Perdeu, Playboy!

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Tinha decidido escrever esse texto mas me faltava uma espécie de ignição da ideia e sua permissão para que as palavras tomassem forma de libelo, pulando para os dedos, daí para o teclado e finalmente rumo aonde deveriam espalhar-se. Então, ouvi no noticiário da TV a voz indignada de um jovem que acabara de passar pela experiência banal do cenário das grandes cidades: um assalto, no qual tudo, moto, mochila, celular, documentos e dinheiro, tudo mesmo lhe fora arrancado e levado por alguém que, apesar de tudo, merece perdão e ajuda para mudar de marcha na vida. O rapaz mudou do tom indignado, justamente raivoso, para as notas baixas e cinzentas da voz triste para dizer: “Ele me tomou o meu notebook e os meus escritos e agora o que vou fazer?” E aí me veio a oportunidade de compor essa analogia e lembrar a uns e outros que essa é a frase que deveriam dizer cada vez que cometam um plágio de texto ou venham a copiar descaradamente uma apresentação e cuspir no público que a assista como sua: “Perdeu, playboy!”

Não, não estou sendo dramático, apenas deixo vazar a indignação que carrego e sei ser maior nos muitos colegas autores (as), palestrantes e docentes de todo tipo: indignação por brutal submissão da escolha do outro pelo ato lesivo, pela apropriação indecente do que custou muitas horas de estudos, pesquisas e esforço visual nos editores de texto, som e imagem, para dar forma límpida, plena e final para algo que, afinal, mais dia menos dia será de todos: o Conhecimento pronto para consumo.

Faz isso não, povo amigo, faz não! É preciso lembrar-se de que não há diferença no ato em si, apenas de contexto, mas a frase tão ao gosto dos inimigos da espécie humana,  mesmo que silenciosa, se não for dita na hora em que o copiar e colar é mobilizado, será cúmplice e memória rascante nas horas solitárias quando “as fichas diárias caem”, na hora do sono que não vem ou do pesadelo de que não se desperta: PERDEU, PLAYBOY!

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