BORA FALAR DE T&D? O FUTURO DO T&D III

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O MUNDO DE RH NA RETOMADA

O entorno e suas influências nas ações do T&D transformador

(Benedito Milioni, exclusivo para a série BORA LÁ FALAR DE T&D, organizada pela ABTD)

Para escrever esse artigo fui muito além de uma pesquisa digamos normal e acabei tendo que examinar muitos textos e participar de “lives” instigantes, e fiquei mais atento ao trabalho pulicado pelo SINCOFARMA/SP, instituição patronal do segmento varejista de produtos farmacêuticos, em sua página na Internet. Organizado pelo jornalista Clayton Melo, o texto ofereceu “dez tendências para o mundo pós-pandemia”, abaixo listadas:

  • Revisão de valores e crenças
  • Menos é mais
  • Reconfiguração dos espaços de comércio
  • Novos modelos de negócios para restaurantes
  • Experiencias culturais imersivas
  • Trabalho remoto
  • Morar perto do trabalho
  • Shopstreaming
  • Busca por novos conhecimentos
  • Educação à distancia

Dos dez fatores listados seis com certeza têm relação direta com o trabalho sob responsabilidade do “novo” RH e seu eixo verdadeiramente transformacional que é a unidade de  T&D. E convém que se olhe com muita atenção para essas demandas e, assim sendo, que se enfoque em cada uma todas as oportunidades embutidas, para que RH/TD enfim tomem posse absoluta do seu espaço estratégico.

O primeira dos fatores, a revisão de valores e crenças, oportuniza um belo trabalho de educação para os fundamentos do trabalho organizado e sua expansão para a coragem de deixar para trás o que não deu certo e abrir a mente para valores graníticos, que sempre acompanharão a Humanidade, na mesma intensidade em que novos são construídos.

O segundo, menos é mais, no contexto citado é um novo olhar para os excessos da sociedade de consumo,  no que o trabalho estratégico de RH/TD é a ação inspirada na busca de produtividade, para maximizar os recursos, combater desperdícios e perdas por ineficácia e enfim valorizar o indivíduo e sua capacidade de ser melhor a todo tempo, desde que entenda o seu papel no novo meio ambiente pós-pandemia.

O terceiro fator, experiências culturais imersivas, uma imensa revolução na cultura de sobrevivência e de expansão  do que o Conhecimento pode nos propiciar em termos evolutivos, é o Treinamento em estado de arte, a meu ver. Trocando em miúdos, trata-se de levar as pessoas a incursionar por museus, centros de estudos e pesquisas, universidades, provedores de Artes, todas, assim como em todas as dimensões onde o Conhecimento esteja em ebulição, para levar as pessoas, todas elas, de todos os níveis hierárquicos, a assumir uma visão realmente heurística da existência.

Trabalho remoto, que nos caiu no colo logo nos primeiros dias da pandemia do corona vírus, é a tendência que deixou de ser recurso transitório para mostrar-se como rotina nos dias atuais e assim por diante, por muito tempo, , é um dos fatores que deverá atrair muito a atenção das áreas de RH/TD. Há muito o que ensinar às pessoas para as novas formas de trabalho, assim como muitas reformas no pensamento das empresas a ser feitas, notadamente quanto aos processos de liderança e gestão, na mesma dimensão que o da preservação do espírito de equipe.

Busca por conhecimento e ensino à distancia se fundem na mesma proposta de aceleração do aprendizado, no esforço inevitável de treinamento contínuo e sustentado, mesmo porque a expansão das tecnologias e das experiências humanas não dá sinal algum de que estacionará em alguma curva do tempo/espaço.

Enfim, o entorno organizacional, agora sob a tutela da pandemia e suas sequelas, redefine os papéis antes outorgados para o RH/TD de continuidade, para os papéis disruptivo, de formatação de novos modelos de comportamento organizacional, estilos de liderança e seu sub-produtos: o novo assusta, é preciso construir o avião com ele já em vôo, só o incerto é que se mostra como certo e a inquietação a respeito do que virá adiante, já que a Caixa de Pandora foi aberta pelo minúsculo organismo muito feioso e  sem fisionomia,  mas muito apetite para a política de terra arrasada.

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