BORA FALAR DE T&D? AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS I

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AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TREINAMENTO SEM MISTÉRIOS

(Texto elaborado por Benedito Milioni com exclusividade para a ABTD, no seu programa BORA LÁ FALAR DE T&D, março de 2020)

Todo evento de treinamento bem feito oferece resultados concretos, mensuráveis e monetarizáveis. Isso é fato, assim como é fato notório que nem sempre o processo de gestão do Treinamento nas empresas é conduzido da forma adequada. E, por falar em processo, é sempre bom lembrar que para se configurar como tal, como um processo pleno e confiável, uma determinada ação requer que se observe uma disciplina forte: cada etapa desenhada para o desdobramento deve ser praticada com rigor. E há um princípio peculiar, embora não seja exclusivo para o processo de gestão do Treinamento focado em resultados: começou errado, fatalmente acaba errado. Então, deve-se começar o processo de Treinamento pela noção precisa do que o justifica, ou seja, as tais “necessidades de treinamento”, expressão corroída por décadas de uso equivocado devem ser trabalhadas de forma mais consistente confiável. . O gestor do treinando e o especialista em T&D devem levantar e discutir dados e informações a respeito de carências, não-conformidades, entregas que não foram cumpridas, “gaps” de desempenho, enfim os elementos que podem ser aceitos como justificativas para o investimento em treinamento. Em outras palavras: a época do levantamento anual das necessidades de treinamento é só parte de distante e nada saudosa história, notadamente a prática da rede de pesca ou da escolha por cardápio. Nos tempos em que o Conhecimento se expande em velocidades antes apenas imaginadas em cenários de ficção, não há tempo e nem recursos  desperdiçar com práticas meramente burocráticas e engessadoras.

Oportuno lembrar as situações que dificilmente devem ser lembradas para o processo de avaliação dos resultados do treinamento, tais como:

  • Treinamentos para atender exigências legais
  • Treinamento para suprir exigências de certificação da Qualidade
  • Treinamento para formar volume de horas de treinamento e cumprir suas metas
  • Treinamento para cumprir a tradição de se ter um PAT (Programa Anual de Treinamento)

Estas formas de conduzir o Treinamento nas empresas não são de todo execráveis, mas certamente dificultam, se não impossibilitam de vez, a prática sistêmica de gestão de treinamento por resultados. Seu maior problema está numa espécie de assincronicidade entre o que se pode esperar como resultado do treinamento e o composto de dados, informações e situações da realidade concreta. Como raramente este composto é levado em consideração em bases minimamente aceitáveis em termos de credibilidade, não se pode contemplar resultados, muito menos resultados mensuráveis com acerto e monetarizáveis de forma sustentada.

Começar certo, no processo de treinamento nas empresas, é orientar o seu planejamento, a construção dos seus detalhes e a execução pelos indicadores das justificativas, nem mais e nem menos.  Os objetivos dos eventos devem ser elaborados com base nesses indicadores, evitando-se as generalizações e as adjetivações, o que garante a desejada sintonia entre o perfil das necessidades e as ações de treinamentos elaboradas para seu tratamento. De fato, todo cuidado deve ser mobilizado no diagnóstico do quadro de carências porque, além de nortear a construção do projeto de T&D, terá notável influencia na compreensão, da parte dos treinandos, sobre o seu engajamento no esforço de aplicação dos conteúdos e busca de resultados, como veremos com mais detalhes  no próximo artigo dessa série.

Os dados e informações do diagnóstico para justificar o investimento em T&D precisam ser muito bem estudados quanto à sua veracidade e robustez, sempre procurando responder uma pergunta crucial, ainda na fase de prospecção de justificativas para o treinamento: “Como vou medir as modificações nessa situação por via do treinamento que será efetuado?”

Então, no próximo artigo será destacada a obrigatoriedade e a estratégia de engajamento dos treinandos na busca de resultados no treinamento de que farão parte, no terceiro artigo alinharemos algumas ações metodológicas para resgatar as melhorias creditáveis ao treinamento, enquanto dedicaremos o quarto artigo para ilustrar dois poderosos indicadores: o ROI (Return On Investment) e o ROTA (Retorno sobre Investimento nos Talentos).


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Nesse grupo iremos comentar sobre os artigos e trocar conhecimentos e informações. É uma ótima oportunidade para aprender e fazer networking com diversos profissionais da área! Ao final de cada mês, teremos um encontro presencial na ABTD para nos aprofundarmos ainda mais nos assunto. Esse mês teremos o professor Benedito Milioni com seus mais de 50 anos de experiência.

Acesse esse link: https://chat.whatsapp.com/Cp4umhbtxwqHbBe0PzEFCW

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