O modelo atual de educação corporativa, pautado em estruturas altamente organizadas e sistematizadas parece não dialogar plenamente com os novos modelos de tendências globais de gestão de pessoas, que apontam a mudança de foco para a experiência dos colaboradores. A necessidade de uma aprendizagem personalizada e multimodal, que atenda as necessidades individuais, centrada no participante, com um modelo de aprendizagem em qualquer lugar e que atenda aos princípios de uma aprendizagem ágil, com incentivo à colaboração e ao compartilhamento de conhecimento, estimulando também uma aprendizagem independente são fundamentos desta nova era.
A nova organização da aprendizagem deve considerar novos requisitos, critérios e modelos de mundo, que levem em conta: a jornada de aprendizagem do colaborador, o incentivo ao protagonismo, a agilidade, a adaptabilidade e a velocidade da urgência de aprender mais rápido e melhor um volume de conhecimento cada vez maior e mais imprevisível. Criar uma ambiente que gere maior motivação, engajamento e comprometimento com uma aprendizagem que gera resultados para o negócio são pontos relevantes neste novo cenário.
O desafio dos profissionais envolvidos com educação corporativa deve ser, então, projetar soluções focadas na necessidade dos colaboradores, se tornando designers de experiências de aprendizagem, trazendo com isso a necessidade de desenvolverem também novas competências. É necessário, portanto, pensar em novos caminhos para a aprendizagem organizacional.
Como trazer o conceito de learning experience, considerando o processo de aprendizagem como uma grande experiência, que considere as necessidades individuais de cada um e que, ao mesmo tempo, deixe os colaboradores livres para desenharem seu próprio caminho de aprendizagem? Como criar ou melhorar a experiência do colaborador, envolver os gestores e líderes, criando espaços e incentivos de aprendizagem dentro da organização, transformando a aprendizagem prioridade serão as provocações apresentadas.