Com aumento de casos de covid 19, ampliamos nossa capacidade de atendimento a pacientes críticos. Diante disso, ampliamos as contratações de profissionais da enfermagem, contudo, foi preciso prepará-los para atuarem nessas áreas. Assim, elaboramos uma capacitação onthejob com supervisão de instrutores para desenvolver competências técnicas e não técnicas.

Em 2021, enfrentamos a 2ª onda de casos de Covid 19 com aumento de casos graves da doença. As unidades de Terapia Intensiva tiveram aumento expressivo de pacientes e consequentemente de trabalho aos profissionais atuantes nestes setores. Os cuidados prestados nessas unidades demandam de profissionais capacitados para compreender as condições clínicas de cada paciente e cuidados específicos. Neste contexto, a equipe de enfermagem constitui o maior número de profissionais da equipe de saúde e tem um papel relevante nos cuidados prestados, desde a admissão até a alta destes pacientes, garantindo qualidade e segurança assistencial prevenindo eventos adversos.
Neste período ampliamos a capacidade de atendimento nas unidades de pacientes críticos e aumentamos a contratação de profissionais da equipe de enfermagem para atuar nessas unidades. Contudo, como o cenário estava semelhante em outros hospitais, nos deparamos com uma demanda de profissionais pouco preparados para atuar nesse contexto.
Em 2020, passamos por uma experiência semelhante, que nos levou a adequar os treinamentos admissionais oferecidos e a integração de novos colaboradores, levando em consideração o perfil do profissionais, a formação, mantendo metodologias ativas e colaborativas e a qualidade na aprendizagem, capacitando o profissional em temas essenciais no menor tempo possível, para que pudessem atuar nas unidades assistenciais. Ainda assim, identificamos que esse modelo não seria suficiente para sustentar a necessidade, visto que o perfil dos profissionais contratados precisava de habilidades para atendimento ao paciente crítico. Diante disso, elaboramos uma capacitação onthejob para o desenvolvimento das competências técnicas e não técnicas. Identificamos e selecionamos instrutores com experiência e competência no atendimento a pacientes críticos, elencamos temas e procedimentos, levando em consideração a frequência e a relevância, desenvolvemos uma capacitação aos instrutores focada nos temas essenciais, protocolos, práticas assistenciais e feedback. Oferecemos abordagens, utilizando as ferramentas disponíveis na instituição relacionadas à saúde, bem-estar e segurança psicológica para atuarem na linha de frente, possibilitando que eles proporcionassem essa segurança e apoio aos novos colaboradores.
Apresentamos o escopo do programa às diretorias Assistencial e de Ensino e para as lideranças diretas das áreas, que disponibilizaram uma rede de apoio aos instrutores focada no direcionamento de dúvidas e processos específicos das áreas. Desenvolvemos um dashboard para categorizar a proficiência de cada colaborador, levando em consideração os procedimentos realizados e fazíamos reportes diários às lideranças, para acompanhamento dos principais processos que necessitavam de acompanhamento e intervenções in situ. Para a construção desse instrumento, utilizamos como referencial a teoria de Benner.